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Imagem de Rayleen Slegers por Pixabay
Os hotéis para cães são ótimas opções para quem precisa viajar e não pode levar seus amigos de quatro patas. Entretanto, fique atento na higiene, na infraestrutura, na saúde, no atendimento e nos profissinais do local.
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Na sociedade atual, os cães são, muitas vezes, considerados e tratados como
membros das famílias. Em resultado disso, equivocadamente e até por força do sentimento de amor e carinho, seus proprietários criam expectativas de comportamento humano por parte de seus cães, gerando conflitos e situações difíceis que somente um
profissional pode ajudar a resolver. Os cães não são pessoas pequeninas e peludas. Eles têm sua própria maneira de pensar e fazer as coisas. Milhares de cães são entregues a abrigos de animais todo ano, ou permanentemente relegados a um cercadinho no quintal dos fundos, pelo simples fato de agirem como cachorros.
Como fazer para que cães e pessoas possam conviver de forma harmoniosa, pacífica e principalmente prazerosa? Isso requer que os donos façam o esforço de atravessar a barreira que existe entre as duas espécies e adestrar seus cachorros para que se comportem de maneira apropriada na sociedade humana.
O Centro Canino WalkerDog dispõe de profissionais altamente capacitados para este processo, além de ótimas instalações e espaço físico para hospedar seu cão na modalidade hotelaria (com pernoite) ou creche (onde o cão passa o dia conosco e a noite retorna para casa).
Dispomos de profissionais capacitados e ótima estrutura para hospedar seu cão na modalidade Hotel (com pernoite) ou Creche (sem pernoite):
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• Monitoramento e atendimento veterinário 24 horas
• Espaço coberto com área de 300m² para uso em dias de chuva
• Limpeza e higienização diárias
No Centro Canino WalkerDog Hotel para Cães em Caxias Do Sul Rio Grande do Sul nossos hospedes são tratados de forma a proporcionar períodos de descontração e alegria. Os animais, sempre que possível, ficam soltos em grupos (observando a compatibilidade e sempre com a presença de um monitor) apenas sendo recolhidos às baias a noite.
Contamos com áreas protegidas, cercadas e monitoradas, onde os cães tem liberdade para correr e brincar. No período de lazer os animais são assistidos por um recreacionista que estimula e propõe exercícios e brincadeiras aos cães.
Os cães são alimentados de acordo com a determinação do proprietário, observando restrições e administração de medicamentos se necessários.
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Origens e Colonização
Antes da chegada dos imigrantes italianos, no século XIX, a região era habitada por índios caingangues. Daí, vem sua denominação antiga: Campo dos Bugres. Por ali, também passavam tropeiros em seus deslocamentos entre o sul do estado e o centro do país. Na região, os jesuítas tentaram fundar algumas reduções, embora sem sucesso.
Na segunda metade do século XIX, em virtude da guerra de unificação italiana, aquele país europeu se encontrava em grave crise social e econômica, e os agricultores empobrecidos já não conseguiam garantir a subsistência. Nesta época, o governo imperial do Brasil decidiu empreender a colonização de áreas desabitadas do sul do país, incentivando a vinda de imigrantes da Itália, após o sucesso da iniciativa semelhante com o elemento germânico.[14] A área escolhida era então conhecida como Fundos de Nova Palmira, região formada por terras devolutas, delimitadas pelos Campos de Cima da Serra, ao norte e pela região dos vales, ao sul, de colonização alemã.
O núcleo urbano primitivo da cidade em torno de 1886
Em 1875, chegaram os primeiros colonos, em sua grande parte oriundos da região do Vêneto, após enfrentarem a árdua travessia do Oceano Atlântico, que durava cerca de um mês, em navios superlotados e onde as mortes por doenças e más condições gerais eram comuns. Inicialmente, os imigrantes aportavam no Rio de Janeiro, onde permaneciam em quarentena na Casa dos Imigrantes.[12][16] Embarcavam em um vapor até o sul, chegando a Porto Alegre, onde eram encaminhados ao antigo Porto Guimarães, hoje o município de São Sebastião do Caí. Em seguida, subiam a serra, atravessando a região ainda praticamente selvagem, até chegarem ao seu destino: a área onde, hoje, é Nova Milano. Dali, se transferiram, a partir de 1876, para a chamada Sede Dante, local da futura Caxias do Sul, o centro administrativo da colônia, a primeira a ser demarcada na região, onde eram recebidos num barracão de madeira - donde o epíteto Barracão também atribuído à pequena sede colonial. Depois, distribuíram-se nos lotes rurais a eles atribuídos pelo governo. Um ano depois, já se encontravam, no local, cerca de 2 000 colonos.[12][17][18] Em 11 de abril de 1877, a denominação oficial do lugar passou a ser Colônia Caxias, em homenagem ao Duque de Caxias.
Desenvolvimento
Apesar de algum auxílio oficial, as condições iniciais foram muito difíceis. As famílias permaneciam em grande parte isoladas umas das outras pela ausência ou precariedade das estradas.[19] E além de desconhecerem totalmente o ambiente ainda selvagem em que foram lançados, o ferramental de que os colonos dispunham era primitivo e escasso, e as técnicas agrícolas trazidas da Itália não se adaptavam bem ao clima e solo locais. Enquanto a casa não ficava pronta e a agricultura não dava seus frutos, o sustento vinha da coleta, da caça e da venda da madeira derrubada. Somente o empenho de cada núcleo familiar possibilitou a sua sobrevivência nos primeiros tempos, e como ela dependia do número de braços existentes, as famílias tendiam a ser numerosas. Com isso a Colônia Caxias cresceu com rapidez, também pelo contínuo afluxo de novos imigrantes, e logo estruturou sua economia numa base de subsistência. Os produtos principais eram trigo, feijão e milho, seguidos pela batata-inglesa, cevada e centeio. Introduziram-se espécies frutíferas como castanheiras, marmeleiros, macieiras, pereiras, laranjeiras e cerejeiras, e se criavam galinhas, vacas, cabras, porcos, ovelhas e coelhos. Havia adicionalmente alguma produção de mel e de seda.
Uma feira agrária na 3ª Légua, zona rural de Caxias, c. 1918
Apesar deste perfil, logo se verificou algum desenvolvimento comercial e industrial na sede urbana, em essência destinados a processar e fazer circular os excedentes da produção agropecuária, aparecendo algumas casas de secos e molhados, e pequenas fábricas como funilarias, carpintarias, marcenarias, olarias, ourivesarias, ferrarias, moinhos, selarias, sapatarias e alfaiatarias, que conferiam auto-suficiência à colônia emergente.[21][22] O resultado dessa atividade pôde ser visto em 1881 na primeira Feira Agro-Industrial, origem da moderna Festa da Uva, centralizando as pequenas feiras e festas agrárias e artesanais que se realizavam na zona rural.[23] Em 1883 existiam na colônia 93 estabelecimentos comerciais para uma população de 7.359 habitantes.
Em 12 de abril de 1884 a colônia perdeu sua condição de Colônia da Coroa Imperial para ser anexada ao município de São Sebastião do Caí como seu 5º Distrito, quando já tinha uma população de 10.500 habitantes. Seu nome mudou para Freguesia de Santa Tereza de Caxias, definindo-a como unidade administrativa e como possuidora de uma paróquia própria. Em 30 de outubro de 1886 a Câmara Municipal de São Sebastião do Caí estabeleceu um Código de Posturas para a freguesia de Caxias e nomeou João Muratore como seu primeiro administrador distrital, mas a administração de facto ainda continuava nas mãos dos funcionários imperiais, que viam com desconfiança os italianos como administradores. Somente em 28 de junho de 1890 os italianos conseguiram postos de comando, iniciando uma tradição, que no entanto tardaria para se consolidar. Nessa data o Presidente do Estado, tendo emancipado o distrito no dia 20, elevando-o à condição de município autônomo, nomeou a primeira Junta Governativa de Caxias, composta pelos italianos Angelo Chitolina, Ernesto Marsiaj e Salvador Sartori.[24][25] Em 1895 as linhas do telégrafo já cruzavam a vila, e em 1906 foi inaugurada a primeira rede telefônica.
Inauguração da Viação Férrea em 1 de junho de 1910, data da elevação da Vila de Caxias à condição de cidade
Cena da opereta Don Pasticcio no Cine Theatro Apollo, 1922
No dia 1 de junho de 1910 Caxias recebeu foros de cidade e neste mesmo dia chegava o primeiro trem, ligando a região à capital do Estado. Em 1913 foi instalada a iluminação elétrica.[19] Vários ciclos econômicos marcaram a evolução do Município ao longo deste século. Em suas primeiras décadas o modelo econômico inicial, voltado à subsistência, predominou.[21] O comércio foi favorecido pela ferrovia e pela rede de entrepostos criada pelos alemães, mas logo os italianos puderam criar canais próprios para o escoamento de seus produtos, gerando um capital significativo que possibilitou no futuro a industrialização em maior escala. Caxias do Sul veio a ser um grande centro comercial e posteriormente industrial graças à fabricação de vinho, banha e farinha, tendo Porto Alegre como o principal ponto de distribuição. Pioneiros como Antônio Pierucinni e Abramo Eberle se destacaram respetivamente como comerciantes de vinho e de produtos metalúrgicos, abrindo mercados em São Paulo.[26] A Associação dos Comerciantes, fundada em 1901, teve papel de enorme relevo em toda a região e surgiu como a maior força social depois da Intendência e do Conselho Municipal caxienses. Mantinha um controle rígido e eficiente sobre o comércio, tinha grande influência junto ao poder constituído, intervindo beneficamente em crises econômicas e em problemas de infra-estrutura local, além de atuar na área de assistência social. A Associação, apesar de algumas crises internas e desavenças com as autoridades, liderava todas as questões que de uma forma ou outra diziam respeito aos interesses das classes produtoras, mesmo quando se tratavam de assuntos exclusivamente agrícolas, já que todas as atividades produtivas nessa fase desembocavam no comércio.
A Catedral sobranceira à Praça Dante Alighieri, no lançamento da pedra fundamental de um monumento ao Duque de Caxias, 1933 Enquanto isso, a cultura local, sem bem que ainda dependendo do modelo de organização familiar tradicional, com suas raízes rurais, e da íntima ligação com a Igreja Católica, iniciava um processo de refinamento e laicização, enquanto que, com o fim da fase de assentamento dos imigrantes, aparecia uma elite urbana que adquiria mais informação, era mais educada e pôde se dedicar mais ao lazer e à cultura em padrões menos folclóricos e mais cosmopolitas, o que beneficiava também a população em geral.[28][29] Surgiram clubes sociais-recreativos que ofereciam programação cultural, como o Clube Juvenil e o Recreio da Juventude, e clubes esportivos amadores, como o Esporte Clube Juventude e o Grêmio Esportivo Flamengo, o atual SER Caxias. A educação pública começava a se estruturar e em 1917 foi criada a primeira biblioteca municipal. Os primeiros teatros e salas de cinema, como o Cinema Juvenil, o Cine Theatro Apollo e o Cinema Central, traziam a produção cinematográfica mais atualizada da época, davam espaço para companhias itinerantes de teatro e amadores locais, e até mesmo para grupos operísticos.[30] Merece referência também a criação em 1937 do Centro Cultural Tobias Barreto de Menezes, fundado por Percy Vargas de Abreu e Lima, importante personalidade intelectual da cidade, oferecendo cursos noturnos gratuitos de Humanidades e Ciências abertos a toda a população, desenvolvia uma série de outras atividades culturais, e foi um foco de discussão política em função das ideias socialistas do fundador. A atual Casa da Cultura da cidade leva o seu nome
Construção da identidade e crise social
Em 1925 foi comemorado o cinquentenário da imigração italiana no Brasil, num período que se mostrou extremamente propício para se iniciar uma consagração pública dos sucessos já alcançados e consolidados, objetivando primeiramente integrar as elites coloniais no panorama histórico estadual, até então dominado pelas representações pastoris-latifundiárias dos descendentes de portugueses. Nesse contexto, a Festa da Uva passou a constituir o maior evento profano da cidade, associando a glorificação do trabalho dos italianos com as possibilidades do festejo como um importante fórum econômico.[32] Como disse Cleodes Ribeiro,
Pavilhões da Festa da Uva em 1932
"Se a liturgia do ritual da Festa da Uva serviu para proclamar a identidade dos celebrantes, exibir o resultado do trabalho desenvolvido ao longo de mais de meio século e reivindicar o estatuto de brasileiros, suas características definidoras foram explicitadas pelo vocabulário simbólico empregado no ritual. Os discursos, a exposição e as distribuições de uvas, o cortejo triunfal, as tendeiras em seus trajes típicos, as canções, os banquetes, o congresso e as bandeiras enfeitando as ruas, tudo isso refletiu o esforço dos ofertantes da festa no processo de auto-representação". Ao mesmo tempo, na Itália fascista, surgia o interesse de se reconstituir a história dos emigrados interpretando-a como poderosa contribuição civilizatória da raça latina ao Novo Mundo, e instando os italianos daqui para que defendessem e se orgulhassem de sua origem étnica.[34][35] Benito Mussolini, no prólogo do álbum comemorativo Cinquantenario della Colonizzazione Italiana nello Stato del Rio Grande del Sud, declarava:
"No nobre orgulho que eleva as vossas almas, enquanto parais para contemplar o resultado da longa e tenaz fatiga, eu vislumbro o signo da nobilíssima estirpe que imprimiu um traço imorredouro na história dos Povos".
Tal posicionamento ufanista e racista, que não estava isento de manipulação estrangeira, foi entretanto suprimido pelo governo de Getúlio Vargas, que adotou uma linha de desenvolvimento nacionalista, passando a minimizar a autonomia estadual e as singularidades regionais, os chamados "quistos sociais" que haviam se formado "imprudentemente" em várias regiões do Brasil inclusive no sul. Nesse momento a auto-imagem excessivamente otimista e confiante construída pelos italianos começou a ser posta abaixo, e em vez de colaboradores no processo de crescimento e povoação brasileiros os imigrantes passaram a ser vistos como potenciais inimigos da pátria. O processo chegou a uma culminação com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial ao lado dos Aliados contra os países do Eixo, ocasionando uma ruptura profunda dos laços entre Itália e Brasil, com pesadas consequências para a região de imigração.[35][36] Entre 1941 e 1944 houve manifestações populares anti-italianas organizadas pela Liga da Defesa Nacional, que buscaram suprimir os signos identificadores da etnia estrangeira, criando-se uma atmosfera de terror em vários atos públicos de agressão. Ao mesmo tempo, os italianos e seus descendentes foram proibidos de falar o seu dialeto, formando-se à sua volta um muro de silêncio, já que muitos ainda mal sabiam se expressar em português. Seu deslocamento passou a depender da concessão de salvo-condutos, prejudicando gravemente sua interação em todos os níveis com os brasileiros. Tamanha repressão originou um esforço de auto-censura por parte dos próprios italianos e seus descendentes, desestimulando o cultivo da memória até no recesso do lar e interrompendo a partir de 1938 a celebração da Festa da Uva. O mesmo tratamento sofreram aqueles que, em menor número, tinham outras origens étnicas estrangeiras.
Reconciliação e retomada do crescimento
Instalações da Metalúrgica Abramo Eberle nos anos 1950
Na retomada da Festa da Uva, em 1950, coincidindo com a comemoração dos 75 anos da imigração, num espírito de reconciliação, os imigrantes passavam a ser chamados de pioneiros, indicando uma reorientação na identidade a ser construída, com implicações progressistas que se abriam para os não-italianos, já considerados como parceiros em todo o processo civilizador.[38] Outro evento de grande significado simbólico foi a construção do Monumento ao Imigrante, inaugurado em 1954 e mais tarde transformado em monumento nacional.
O desenvolvimento econômico da cidade ao longo do século XX obedeceu a um padrão semelhante ao brasileiro, utilizando técnicas e maquinário desenvolvidos nos países industrializados e adaptando-os às condições locais. Na segunda metade do século as principais empresas já tinham filiais em Porto Alegre e a cidade já havia desenvolvido um comércio expressivo de produtos suínos, laticínios, farinha, madeira e no setor vinícola. As indústrias metalúrgicas também estavam em crescimento, aproveitando inicialmente o trabalho artesanal de ferreiros, serralheiros e funileiros, mas em torno da década de 1950 adquiriram o perfil de indústrias modernas, principalmente com capital derivado da poupança e da expansão dos próprios estabelecimentos. Um diferencial na evolução econômica caxiense foi a formação de profundos vínculos de confiança mútua na comunidade, o chamado capital social, possibilitando a organização da economia sobre bases mais fortes, a aceleração do ciclo econômico e a obtenção de resultados mais significativos.[40] A rápida diversificação da economia se deveu também à progressiva urbanização e à falência do sistema colonial do minifúndio familiar. A sucessiva fragmentação das propriedades rurais entre os múltiplos herdeiros as tornou incapazes de prover o sustento das famílias, geralmente grandes, ocasionando o êxodo rural e transformando boa parte dos antigos agricultores em operários da indústria e comércio.
Assim como a primeira metade do século XX representou uma abertura e maior integração da cidade ao contexto estadual e nacional, a segunda metade figura como uma fase de abertura para o mundo, com a mudança em seu perfil produtivo, político e cultural, o início de sua penetração no mercado estrangeiro e a consolidação de sua posição como uma das maiores economias do Brasil. A cidade cresceu aceleradamente nesse intervalo, passando de uma população de 54 mil em 1950 para 180 mil em 1975 e cerca de 360 mil pessoas em 2000, trazendo consigo paralelamente todos os problemas sociais, culturais, econômicos e ambientais típicos das cidades brasileiras com grande taxa de expansão.[42][43] O dinamismo industrial da cidade se intensificou a partir da década de 1970, alicerçado na diversidade de empreendimentos que vão desde material de transporte, o mais significativo, ao mobiliário, aos produtos alimentares, à metalúrgica, ao vestuário, calçados e artefatos de tecido, tornando-a a segunda área em importância econômica no estado, atraindo populações de outras regiões do Rio Grande do Sul e mesmo de outros estados.[43] Em anos recentes a economia local evidencia uma drástica mudança de ênfase, assumindo grande importância o setor terciário[44] e crescendo a informatização e automatização nas empresas, a infra-estrutura, a preocupação com o meio ambiente e abrindo-se novos empregos e novos mercados em várias frentes internacionais.
Em 1994 foi criada a Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul, a segunda maior aglomeração urbana do Rio Grande do Sul, destacando-se pela concentração populacional e pelo dinamismo de sua estrutura econômica.[46] Da fragmentação da antiga Colônia Caxias nasceram os atuais municípios Flores da Cunha, Farroupilha e São Marcos. O município é também conhecido pelo nome de Pérola das Colônias.
Ver artigos principais: Imigração italiana no Brasil, Imigração italiana no Rio Grande do Sul e História de Caxias do Sul Origens e colonização[editar | editar código-fonte] Antes da chegada dos imigrantes italianos, no século XIX, a região era habitada por índios caingangues. Daí, vem sua denominação antiga: Campo dos Bugres. Por ali, também passavam tropeiros em seus deslocamentos entre o sul do estado e o centro do país. Na região, os jesuítas tentaram fundar algumas reduções, embora sem sucesso.[13][14] Na segunda metade do século XIX, em virtude da guerra de unificação italiana, aquele país europeu se encontrava em grave crise social e econômica, e os agricultores empobrecidos já não conseguiam garantir a subsistência. Nesta época, o governo imperial do Brasil decidiu empreender a colonização de áreas desabitadas do sul do país, incentivando a vinda de imigrantes da Itália, após o sucesso da iniciativa semelhante com o elemento germânico.[15] A área escolhida era então conhecida como Fundos de Nova Palmira, região formada por terras devolutas, delimitadas pelos Campos de Cima da Serra, ao norte e pela região dos vales, ao sul, de colonização alemã.[16] O núcleo urbano primitivo da cidade em torno de 1886 Em 1875, chegaram os primeiros colonos, em sua grande parte oriundos da região do Vêneto, após enfrentarem a árdua travessia do Oceano Atlântico, que durava cerca de um mês, em navios superlotados e onde as mortes por doenças e más condições gerais eram comuns. Inicialmente, os imigrantes aportavam no Rio de Janeiro, onde permaneciam em quarentena na Casa dos Imigrantes.[13][17] Embarcavam em um vapor até o sul, chegando a Porto Alegre, onde eram encaminhados ao antigo Porto Guimarães, hoje o município de São Sebastião do Caí. Em seguida, subiam a serra, atravessando a região ainda praticamente selvagem, até chegarem ao seu destino: a área onde, hoje, é Nova Milano. Dali, se transferiram, a partir de 1876, para a chamada Sede Dante, local da futura Caxias do Sul, o centro administrativo da colônia, a primeira a ser demarcada na região, onde eram recebidos num barracão de madeira - donde o epíteto Barracão também atribuído à pequena sede colonial. Depois, distribuíram-se nos lotes rurais a eles atribuídos pelo governo. Um ano depois, já se encontravam, no local, cerca de 2 000 colonos.[13][18][19] Em 11 de abril de 1877, a denominação oficial do lugar passou a ser Colônia Caxias, em homenagem ao Duque de Caxias.[13] Desenvolvimento[editar | editar código-fonte] Apesar de algum auxílio oficial, as condições iniciais foram muito difíceis. As famílias permaneciam em grande parte isoladas umas das outras pela ausência ou precariedade das estradas.[20] E além de desconhecerem totalmente o ambiente ainda selvagem em que foram lançados, o ferramental de que os colonos dispunham era primitivo e escasso, e as técnicas agrícolas trazidas da Itália não se adaptavam bem ao clima e solo locais. Enquanto a casa não ficava pronta e a agricultura não dava seus frutos, o sustento vinha da coleta, da caça e da venda da madeira derrubada. Somente o empenho de cada núcleo familiar possibilitou a sua sobrevivência nos primeiros tempos, e como ela dependia do número de braços existentes, as famílias tendiam a ser numerosas. Com isso a Colônia Caxias cresceu com rapidez, também pelo contínuo afluxo de novos imigrantes, e logo estruturou sua economia numa base de subsistência. Os produtos principais eram trigo, feijão e milho, seguidos pela batata-inglesa, cevada e centeio. Introduziram-se espécies frutíferas como castanheiras, marmeleiros, macieiras, pereiras, laranjeiras e cerejeiras, e se criavam galinhas, vacas, cabras, porcos, ovelhas e coelhos. Havia adicionalmente alguma produção de mel e de seda.[21] Uma feira agrária na 3ª Légua, zona rural de Caxias, c. 1918 Apesar deste perfil, logo se verificou algum desenvolvimento comercial e industrial na sede urbana, em essência destinados a processar e fazer circular os excedentes da produção agropecuária, aparecendo algumas casas de secos e molhados, e pequenas fábricas como funilarias, carpintarias, marcenarias, olarias, ourivesarias, ferrarias, moinhos, selarias, sapatarias e alfaiatarias, que conferiam auto-suficiência à colônia emergente.[22][23] O resultado dessa atividade pôde ser visto em 1881 na primeira Feira Agro-Industrial, origem da moderna Festa da Uva, centralizando as pequenas feiras e festas agrárias e artesanais que se realizavam na zona rural.[24] Em 1883 existiam na colônia 93 estabelecimentos comerciais para uma população de 7.359 habitantes.[23] Em 12 de abril de 1884 a colônia perdeu sua condição de Colônia da Coroa Imperial para ser anexada ao município de São Sebastião do Caí como seu 5º Distrito, quando já tinha uma população de 10.500 habitantes. Seu nome mudou para Freguesia de Santa Tereza de Caxias, definindo-a como unidade administrativa e como possuidora de uma paróquia própria. Em 30 de outubro de 1886 a Câmara Municipal de São Sebastião do Caí estabeleceu um Código de Posturas para a freguesia de Caxias e nomeou João Muratore como seu primeiro administrador distrital, mas a administração de facto ainda continuava nas mãos dos funcionários imperiais, que viam com desconfiança os italianos como administradores. Somente em 28 de junho de 1890 os italianos conseguiram postos de comando, iniciando uma tradição, que no entanto tardaria para se consolidar. Nessa data o Presidente do Estado, tendo emancipado o distrito no dia 20, elevando-o à condição de município autônomo, nomeou a primeira Junta Governativa de Caxias, composta pelos italianos Angelo Chitolina, Ernesto Marsiaj e Salvador Sartori.[25][26] Em 1895 as linhas do telégrafo já cruzavam a vila, e em 1906 foi inaugurada a primeira rede telefônica.[26] Inauguração da Viação Férrea em 1 de junho de 1910, data da elevação da Vila de Caxias à condição de cidade Cena da opereta Don Pasticcio no Cine Theatro Apollo, 1922 No dia 1 de junho de 1910 Caxias recebeu foros de cidade e neste mesmo dia chegava o primeiro trem, ligando a região à capital do Estado. Em 1913 foi instalada a iluminação elétrica.[20] Vários ciclos econômicos marcaram a evolução do Município ao longo deste século. Em suas primeiras décadas o modelo econômico inicial, voltado à subsistência, predominou.[22] O comércio foi favorecido pela ferrovia e pela rede de entrepostos criada pelos alemães, mas logo os italianos puderam criar canais próprios para o escoamento de seus produtos, gerando um capital significativo que possibilitou no futuro a industrialização em maior escala. Caxias do Sul veio a ser um grande centro comercial e posteriormente industrial graças à fabricação de vinho, banha e farinha, tendo Porto Alegre como o principal ponto de distribuição. Pioneiros como Antônio Pierucinni e Abramo Eberle se destacaram respetivamente como comerciantes de vinho e de produtos metalúrgicos, abrindo mercados em São Paulo.[27] A Associação dos Comerciantes, fundada em 1901, teve papel de enorme relevo em toda a região e surgiu como a maior força social depois da Intendência e do Conselho Municipal caxienses. 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A educação pública começava a se estruturar e em 1917 foi criada a primeira biblioteca municipal. Os primeiros teatros e salas de cinema, como o Cinema Juvenil, o Cine Theatro Apollo e o Cinema Central, traziam a produção cinematográfica mais atualizada da época, davam espaço para companhias itinerantes de teatro e amadores locais, e até mesmo para grupos operísticos.[31] Merece referência também a criação em 1937 do Centro Cultural Tobias Barreto de Menezes, fundado por Percy Vargas de Abreu e Lima, importante personalidade intelectual da cidade, oferecendo cursos noturnos gratuitos de Humanidades e Ciências abertos a toda a população, desenvolvia uma série de outras atividades culturais, e foi um foco de discussão política em função das ideias socialistas do fundador. A atual Casa da Cultura da cidade leva o seu nome.[32] Construção da identidade e crise social[editar | editar código-fonte] Em 1925 foi comemorado o cinquentenário da imigração italiana no Brasil, num período que se mostrou extremamente propício para se iniciar uma consagração pública dos sucessos já alcançados e consolidados, objetivando primeiramente integrar as elites coloniais no panorama histórico estadual, até então dominado pelas representações pastoris-latifundiárias dos descendentes de portugueses. Nesse contexto, a Festa da Uva passou a constituir o maior evento profano da cidade, associando a glorificação do trabalho dos italianos com as possibilidades do festejo como um importante fórum econômico.[33] Como disse Cleodes Ribeiro, Pavilhões da Festa da Uva em 1932 "Se a liturgia do ritual da Festa da Uva serviu para proclamar a identidade dos celebrantes, exibir o resultado do trabalho desenvolvido ao longo de mais de meio século e reivindicar o estatuto de brasileiros, suas características definidoras foram explicitadas pelo vocabulário simbólico empregado no ritual. Os discursos, a exposição e as distribuições de uvas, o cortejo triunfal, as tendeiras em seus trajes típicos, as canções, os banquetes, o congresso e as bandeiras enfeitando as ruas, tudo isso refletiu o esforço dos ofertantes da festa no processo de auto-representação".[34] Ao mesmo tempo, na Itália fascista, surgia o interesse de se reconstituir a história dos emigrados interpretando-a como poderosa contribuição civilizatória da raça latina ao Novo Mundo, e instando os italianos daqui para que defendessem e se orgulhassem de sua origem étnica.[35][36] Benito Mussolini, no prólogo do álbum comemorativo Cinquantenario della Colonizzazione Italiana nello Stato del Rio Grande del Sud, declarava: "No nobre orgulho que eleva as vossas almas, enquanto parais para contemplar o resultado da longa e tenaz fatiga, eu vislumbro o signo da nobilíssima estirpe que imprimiu um traço imorredouro na história dos Povos".[36] Tal posicionamento ufanista e racista, que não estava isento de manipulação estrangeira, foi entretanto suprimido pelo governo de Getúlio Vargas, que adotou uma linha de desenvolvimento nacionalista, passando a minimizar a autonomia estadual e as singularidades regionais, os chamados "quistos sociais" que haviam se formado "imprudentemente" em várias regiões do Brasil inclusive no sul. Nesse momento a auto-imagem excessivamente otimista e confiante construída pelos italianos começou a ser posta abaixo, e em vez de colaboradores no processo de crescimento e povoação brasileiros os imigrantes passaram a ser vistos como potenciais inimigos da pátria. O processo chegou a uma culminação com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial ao lado dos Aliados contra os países do Eixo, ocasionando uma ruptura profunda dos laços entre Itália e Brasil, com pesadas consequências para a região de imigração.[36][37] Entre 1941 e 1944 houve manifestações populares anti-italianas organizadas pela Liga da Defesa Nacional, que buscaram suprimir os signos identificadores da etnia estrangeira, criando-se uma atmosfera de terror em vários atos públicos de agressão. Ao mesmo tempo, os italianos e seus descendentes foram proibidos de falar o seu dialeto, formando-se à sua volta um muro de silêncio, já que muitos ainda mal sabiam se expressar em português. Seu deslocamento passou a depender da concessão de salvo-condutos, prejudicando gravemente sua interação em todos os níveis com os brasileiros. Tamanha repressão originou um esforço de auto-censura por parte dos próprios italianos e seus descendentes, desestimulando o cultivo da memória até no recesso do lar e interrompendo a partir de 1938 a celebração da Festa da Uva. O mesmo tratamento sofreram aqueles que, em menor número, tinham outras origens étnicas estrangeiras.[38] Reconciliação e retomada do crescimento[editar | editar código-fonte] Instalações da Metalúrgica Abramo Eberle nos anos 1950 Caxias do Sul, anos 1970. Arquivo Nacional. Na retomada da Festa da Uva, em 1950, coincidindo com a comemoração dos 75 anos da imigração, num espírito de reconciliação, os imigrantes passavam a ser chamados de pioneiros, indicando uma reorientação na identidade a ser construída, com implicações progressistas que se abriam para os não-italianos, já considerados como parceiros em todo o processo civilizador.[39] Outro evento de grande significado simbólico foi a construção do Monumento ao Imigrante, inaugurado em 1954 e mais tarde transformado em monumento nacional.[36][40] O desenvolvimento econômico da cidade ao longo do século XX obedeceu a um padrão semelhante ao brasileiro, utilizando técnicas e maquinário desenvolvidos nos países industrializados e adaptando-os às condições locais. Na segunda metade do século as principais empresas já tinham filiais em Porto Alegre e a cidade já havia desenvolvido um comércio expressivo de produtos suínos, laticínios, farinha, madeira e no setor vinícola. As indústrias metalúrgicas também estavam em crescimento, aproveitando inicialmente o trabalho artesanal de ferreiros, serralheiros e funileiros, mas em torno da década de 1950 adquiriram o perfil de indústrias modernas, principalmente com capital derivado da poupança e da expansão dos próprios estabelecimentos. Um diferencial na evolução econômica caxiense foi a formação de profundos vínculos de confiança mútua na comunidade, o chamado capital social, possibilitando a organização da economia sobre bases mais fortes, a aceleração do ciclo econômico e a obtenção de resultados mais significativos.[41] A rápida diversificação da economia se deveu também à progressiva urbanização e à falência do sistema colonial do minifúndio familiar. A sucessiva fragmentação das propriedades rurais entre os múltiplos herdeiros as tornou incapazes de prover o sustento das famílias, geralmente grandes, ocasionando o êxodo rural e transformando boa parte dos antigos agricultores em operários da indústria e comércio.[42] Assim como a primeira metade do século XX representou uma abertura e maior integração da cidade ao contexto estadual e nacional, a segunda metade figura como uma fase de abertura para o mundo, com a mudança em seu perfil produtivo, político e cultural, o início de sua penetração no mercado estrangeiro e a consolidação de sua posição como uma das maiores economias do Brasil. A cidade cresceu aceleradamente nesse intervalo, passando de uma população de 54 mil em 1950 para 180 mil em 1975 e cerca de 360 mil pessoas em 2000, trazendo consigo paralelamente todos os problemas sociais, culturais, econômicos e ambientais típicos das cidades brasileiras com grande taxa de expansão.[43][44] O dinamismo industrial da cidade se intensificou a partir da década de 1970, alicerçado na diversidade de empreendimentos que vão desde material de transporte, o mais significativo, ao mobiliário, aos produtos alimentares, à metalúrgica, ao vestuário, calçados e artefatos de tecido, tornando-a a segunda área em importância econômica no estado, atraindo populações de outras regiões do Rio Grande do Sul e mesmo de outros estados.[44] Em anos recentes a economia local evidencia uma drástica mudança de ênfase, assumindo grande importância o setor terciário[45] e crescendo a informatização e automatização nas empresas, a infra-estrutura, a preocupação com o meio ambiente e abrindo-se novos empregos e novos mercados em várias frentes internacionais.[46] Em 1994 foi criada a Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul, a segunda maior aglomeração urbana do Rio Grande do Sul, destacando-se pela concentração populacional e pelo dinamismo de sua estrutura econômica.[47] Da fragmentação da antiga Colônia Caxias nasceram os atuais municípios Flores da Cunha, Farroupilha e São Marcos. O município é também conhecido pelo nome de Pérola das Colônias.[13] Em 2017 a língua talian foi cooficializada no município de Caxias do Sul, a partir do decreto do presidente da Câmara de Municipal de Vereadores, Felipe Gremelmaier (PMDB).[48][49] Panorâmica de Caxias do Sul vista a partir do morro da Festa da UvaO PIB municipal está estimado em 22,3 bilhões de reais (2014)[109] e o PIB per capita em 2011 foi de 37,7 mil reais.[50] Em 2007, nas finanças públicas, as receitas orçamentárias realizadas atingiram 694.582.143,80 reais, as despesas realizadas chegaram a 645.802.901,80 reais, com um superávit de 48.779.242,00 reais.[110] A agropecuária responde somente por 1,70% do Valor Adicionado Bruto, cabendo à indústria 40,79% e aos serviços 57,51%.[111] Em 2007 havia 30.068 empresas de todas as categorias econômicas em atividade.[112] Em 2005 a cidade tinha uma População Economicamente Ativa (PEA) de cerca de 150 mil trabalhadores, mas destes somente 55% estavam no mercado formal. A indústria concentrava o maior contingente, com 58,61%, dois terços no setor metal-mecânico. No setor informal destacavam-se indústrias de fundo de quintal como malhas, alimentos, confecções e serviços de baixo agregado tecnológico (reparos, domésticos, limpeza).
Em 2005, a cidade alcançou pelo sexto ano consecutivo o maior Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) do Rio Grande do Sul, com um índice de 0,844. Além de ser o de mais alto Idese desde 2000, foi o único município gaúcho que neste intervalo apresentou quatro dos índices dos componentes do Idese - educação, renda, saúde, saneamento e habitação - acima de 0,800.[114] Nos últimos anos a economia caxiense vem apresentando um ótimo desempenho,[115] e entre janeiro e julho de 2010 foram criados 10.779 novos empregos, batendo um recorde nacional.
No primeiro semestre de 2010 a economia local alcançou resultados equivalentes às estimativas para o ano todo do Brasil. O índice acumulado em 12 meses superou os 7% e, no semestre, chegou a 19%. Em junho o desempenho cresceu 20,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, e as expectativas são positivas para o ano que vem, embora possivelmente não em ritmo tão acelerado. Os destaques vão para a indústria, com aumento das horas trabalhadas, compras, vendas e massa salarial, e para o setor de serviços, que segue liderando os índices e acumula uma alta de 10,1% em 12 meses e de 13,4% no ano. Por outro lado, o comércio, ainda que crescendo, vem acumulando prejuízos. Porém, verificou-se redução dos níveis de inadimplência.
Sede da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul
A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul agrega mais de mil pessoas jurídicas de micro, pequeno, médio e grande portes que representam a indústria, o comércio e os serviços, sendo a maior associação de seu gênero do interior do estado.[118] A administração pública também investe em uma multiplicidade de programas de fomento econômico, dentre eles os Programas de Economia Solidária, os Arranjos Produtivos Locais (APLs), as Associações de Recicladores, o Pólo da Informática, o Pólo da Moda, o Pólo Metal-mecânico, a Associação de Garantia de Crédito da Serra Gaúcha (AGC), a Instituição Comunitária de Crédito (ICC – Banco do Povo) e um sem número de projetos, convênios, programas e parcerias com as mais variadas entidades públicas e privadas.
Agropecuária
vUm parreiral na região ruralO Censo Agropecuário de 2006 revelou a existência de 2.712 produtores agropecuários individuais, dispondo de 74.418 hectares de área, 278 sociedades de pessoas ou consórcios (7.379 ha), 5 cooperativas (379 ha), 56 produtores em sociedades anônimas (3.747 ha). 9.039 ha eram destinados a lavouras permanentes e 5.882 ha a temporárias, 30.948 ha de pastagens naturais, e 1.778 ha de pastagens plantadas em boas condições.[120] Os rebanhos mais importantes contavam em 2008 com 39.494 cabeças de bovinos, com uma produção de 9.833 mil litros de leite, 26.838 suínos, 15.694 codornas, dando 75 mil ovos, além de 700.377 galinhas, produzindo 12.283 mil dúzias de ovos, e 5.572.086 galos, frangas, frangos e pintos. Foram produzidos também 59.870 kg de mel de abelha.[121] Na agricultura se destacaram em 2008 as produções de maçã, com 117.450 toneladas, a um valor de 74,9 milhões de reais, uva, com 66.600 t, com um valor de 41,7 milhões de reais, e tomate, com 36.900 t, a um valor de 32,3 milhões de reais. Outras culturas, bem menos significativas, são do milho (18.000 t), caqui (8.100 t), cebola, (4.500 t), laranja (2.220 t), pêssego (3.556 t), além de várias outras em proporção ainda menor.[122][123] Também foram importantes a produção de lenha, com 31.216 m³, e de madeira em tora, com 81.060 m³.
Indústria, comércio e construção civil
Na indústria, que contava em 2007 com 5.872 estabelecimentos, a concentração de empresas segue a seguinte distribuição: material de transporte (26,86%), têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (16,30%), produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (11,74%), mecânica (11,48%), e química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (9,94%).[112] Caxias do Sul é o segundo maior polo metal-mecânico do Brasil e, depois de enfrentar uma recessão em 2009, o setor está se recuperando. Realiza-se na cidade a Feira Brasileira da Mecânica e da Automação Industrial, já em sua 17ª edição, que em 2010 deve movimentar 100 milhões de reais em negócios.[125] Outra feira importante é a Feira de Subcontratação e Inovação Industrial (Mercopar), que em 2009 resultou em 64 milhões de reais em negócios, teve expositores do Brasil e exterior e recebeu 31 mil visitantes.
Ônibus Marcopolo Andare Class
A cidade sedia 20 das 500 maiores empresas da região Sul do Brasil[127] e tem diversas indústrias entre as maiores do Brasil em seus campos de atuação,[128] a Randon, um conglomerado do segmento de veículos, cujas empresas têm constado com frequência entre os vencedores do Prêmio Exportação RS,[129] a Agrale, única montadora de caminhões e ônibus de capital nacional,[130] a Chies & Chies Ltda., líder no setor moveleiro,[131] a Marcopolo, produzindo mais da metade das carrocerias de ônibus produzidos no país,[132] a Intral, referência na fabricação de componentes, reatores e luminárias de alta performance,[133] e a Gazola S/A Indústria Metalúrgica, pioneira na fabricação de utilidades domésticas em aço inox.
O setor da construção civil também experimenta crescimento nos últimos anos. Em 2008 os empreiteiros e construtoras foram obrigados a buscar mão-de-obra até fora do estado para suprir a demanda, com os maiores índices de atividade desde que começou o acompanhamento em 1991.[135] Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo, entre janeiro e maio de 2010 foi aprovada a construção de 479.454 m², uma metragem 58,48% maior do que a autorizada no mesmo período de 2009.[136] Contudo, o custo da construção na cidade é considerado alto, com os preços sendo empurrados pelos salários dos trabalhadores, que estão entre os mais elevados do país.[135] Realiza-se na cidade a Construfair, a maior feira nacional de materiais de construção.[137] Para a edição de 2010 devem participar 300 expositores, e é esperado um público de 45 mil pessoas.
O comércio participa com 20% do PIB municipal, faturando cerca de 2 bilhões de reais por ano.[109] Entre 2007 e 2008 as exportações registraram um crescimento de 22,40% e as importações de 81,64%. Em 2008 as exportações acumularam um crescimento de 32,46%, enquanto as importações registraram aumento de 65,98%. Caxias tem dado significativa contribuição para o crescimento do mercado externo brasileiro, ultrapassando a cifra anual de 1 bilhão de dólares em exportações, gerando saldo comercial superior a 670 milhões de dólares.[115] O sistema financeiro em 2003 era servido por 68 agências bancárias e 34 financeiras, empregando 1.138 pessoas
Algumas informacões sobre a economia e população da cidade. A cidade de Caxias Do Sul localizada no estado de Rio Grande do Sul tem uma área de 1644.3 de quilometros quadrados. A população total de Caxias Do Sul é de 435564 pessoas, sendo 213612 homens e 221952 mulheres. A população na área urbana de Caxias Do Sul RS é de 419406pessoas, já a população da árae rual é de 16158 pessoas. A Densidade demográfica de Caxias Do Sul RS é de 264.89. A densidade demegráfica é a medida expressada pela relação entre a população e a superfície do território, geralmente aplicada a seres humanos, mas também em outros seres vivos (comumente, animais). É geralmente expressada em habitantes por quilômetro quadrado. Veja mais no link a seguir Densidade Demográfica Wikipedia. Outra informação que temos sobre a população de Caxias Do Sul RS é que 20.1% tem entre 0 e 14 anos de idade; 72.8% tem entre 15 e 64 anos de idade; e 7.11% tem acima de 64 anos de idade. Conforme os dados, a maior população da cidade de Caxias Do Sul localizada no estado de Rio Grande do Sul são as pessoas de 15 a 64 anos de idade, ou seja, existem mais adultos no município. Em termos de ecnomia isso é bom pois tem mais pessoas trabalhando e gerando riqueza para o país. Algumas informacões sobre a economia e população da cidade. A cidade de Caxias Do Sul localizada no estado de Rio Grande do Sul tem uma área de 1644.3 de quilometros quadrados. A população total de Caxias Do Sul é de 435564 pessoas, sendo 213612 homens e 221952 mulheres. A população na área urbana de Caxias Do Sul RS é de 419406pessoas, já a população da árae rual é de 16158 pessoas. A Densidade demográfica de Caxias Do Sul RS é de 264.89. A densidade demegráfica é a medida expressada pela relação entre a população e a superfície do território, geralmente aplicada a seres humanos, mas também em outros seres vivos (comumente, animais). É geralmente expressada em habitantes por quilômetro quadrado. Veja mais no link a seguir Densidade Demográfica Wikipedia. Outra informação que temos sobre a população de Caxias Do Sul RS é que 20.1% tem entre 0 e 14 anos de idade; 72.8% tem entre 15 e 64 anos de idade; e 7.11% tem acima de 64 anos de idade. Conforme os dados, a maior população da cidade de Caxias Do Sul localizada no estado de Rio Grande do Sul são as pessoas de 15 a 64 anos de idade, ou seja, existem mais adultos no município. Em termos de ecnomia isso é bom pois tem mais pessoas trabalhando e gerando riqueza para o país. O PIB municipal está estimado em 22,3 bilhões de reais (2014)[107] e o PIB per capita em 2011 foi de 37,7 mil reais.[53] Em 2007, nas finanças públicas, as receitas orçamentárias realizadas atingiram 694.582.143,80 reais, as despesas realizadas chegaram a 645.802.901,80 reais, com um superávit de 48.779.242,00 reais.[108] A agropecuária responde somente por 1,70% do Valor Adicionado Bruto, cabendo à indústria 40,79% e aos serviços 57,51%.[109] Em 2007 havia 30.068 empresas de todas as categorias econômicas em atividade.[110] Em 2005 a cidade tinha uma População Economicamente Ativa (PEA) de cerca de 150 mil trabalhadores, mas destes somente 55% estavam no mercado formal. A indústria concentrava o maior contingente, com 58,61%, dois terços no setor metal-mecânico. No setor informal destacavam-se indústrias de fundo de quintal como malhas, alimentos, confecções e serviços de baixo agregado tecnológico (reparos, domésticos, limpeza).[111] Em 2005, a cidade alcançou pelo sexto ano consecutivo o maior Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) do Rio Grande do Sul, com um índice de 0,844. Além de ser o de mais alto Idese desde 2000, foi o único município gaúcho que neste intervalo apresentou quatro dos índices dos componentes do Idese - educação, renda, saúde, saneamento e habitação - acima de 0,800.[112] Nos últimos anos a economia caxiense vem apresentando um ótimo desempenho,[113] e entre janeiro e julho de 2010 foram criados 10.779 novos empregos, batendo um recorde nacional.[114] No primeiro semestre de 2010 a economia local alcançou resultados equivalentes às estimativas para o ano todo do Brasil. O índice acumulado em 12 meses superou os 7% e, no semestre, chegou a 19%. Em junho o desempenho cresceu 20,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, e as expectativas são positivas para o ano que vem, embora possivelmente não em ritmo tão acelerado. Os destaques vão para a indústria, com aumento das horas trabalhadas, compras, vendas e massa salarial, e para o setor de serviços, que segue liderando os índices e acumula uma alta de 10,1% em 12 meses e de 13,4% no ano. Por outro lado, o comércio, ainda que crescendo, vem acumulando prejuízos. Porém, verificou-se redução dos níveis de inadimplência.[115] Sede da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul agrega mais de mil pessoas jurídicas de micro, pequeno, médio e grande portes que representam a indústria, o comércio e os serviços, sendo a maior associação de seu gênero do interior do estado.[116] A administração pública também investe em uma multiplicidade de programas de fomento econômico, dentre eles os Programas de Economia Solidária, os Arranjos Produtivos Locais (APLs), as Associações de Recicladores, o Pólo da Informática, o Pólo da Moda, o Pólo Metal-mecânico, a Associação de Garantia de Crédito da Serra Gaúcha (AGC), a Instituição Comunitária de Crédito (ICC – Banco do Povo) e um sem número de projetos, convênios, programas e parcerias com as mais variadas entidades públicas e privadas.[117] Agropecuária[editar | editar código-fonte] Um parreiral na região rural O Censo Agropecuário de 2006 revelou a existência de 2.712 produtores agropecuários individuais, dispondo de 74.418 hectares de área, 278 sociedades de pessoas ou consórcios (7.379 ha), 5 cooperativas (379 ha), 56 produtores em sociedades anônimas (3.747 ha). 9.039 ha eram destinados a lavouras permanentes e 5.882 ha a temporárias, 30.948 ha de pastagens naturais, e 1.778 ha de pastagens plantadas em boas condições.[118] Os rebanhos mais importantes contavam em 2008 com 39.494 cabeças de bovinos, com uma produção de 9.833 mil litros de leite, 26.838 suínos, 15.694 codornas, dando 75 mil ovos, além de 700.377 galinhas, produzindo 12.283 mil dúzias de ovos, e 5.572.086 galos, frangas, frangos e pintos. Foram produzidos também 59.870 kg de mel de abelha.[119] Na agricultura se destacaram em 2008 as produções de maçã, com 117.450 toneladas, a um valor de 74,9 milhões de reais, uva, com 66.600 t, com um valor de 41,7 milhões de reais, e tomate, com 36.900 t, a um valor de 32,3 milhões de reais. Outras culturas, bem menos significativas, são do milho (18.000 t), caqui (8.100 t), cebola, (4.500 t), laranja (2.220 t), pêssego (3.556 t), além de várias outras em proporção ainda menor.[120][121] Também foram importantes a produção de lenha, com 31.216 m³, e de madeira em tora, com 81.060 m³.[122] Indústria, comércio e construção civil[editar | editar código-fonte] Na indústria, que contava em 2007 com 5.872 estabelecimentos, a concentração de empresas segue a seguinte distribuição: material de transporte (26,86%), têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (16,30%), produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (11,74%), mecânica (11,48%), e química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (9,94%).[110] Caxias do Sul é o segundo maior polo metal-mecânico do Brasil e, depois de enfrentar uma recessão em 2009, o setor está se recuperando. Realiza-se na cidade a Feira Brasileira da Mecânica e da Automação Industrial, já em sua 17ª edição, que em 2010 deve movimentar 100 milhões de reais em negócios.[123] Outra feira importante é a Feira de Subcontratação e Inovação Industrial (Mercopar), que em 2009 resultou em 64 milhões de reais em negócios, teve expositores do Brasil e exterior e recebeu 31 mil visitantes.[124] Ônibus Marcopolo Andare Class A cidade sedia 20 das 500 maiores empresas da região Sul do Brasil[125] e tem diversas indústrias entre as maiores do Brasil em seus campos de atuação,[126] a Randon, um conglomerado do segmento de veículos, cujas empresas têm constado com frequência entre os vencedores do Prêmio Exportação RS,[127] a Agrale, única montadora de caminhões e ônibus de capital nacional,[128] a Chies & Chies Ltda., líder no setor moveleiro,[129] a Marcopolo, produzindo mais da metade das carrocerias de ônibus produzidos no país,[130] a Intral, referência na fabricação de componentes, reatores e luminárias de alta performance,[131] e a Gazola S/A Indústria Metalúrgica, pioneira na fabricação de utilidades domésticas em aço inox.[132] O setor da construção civil também experimenta crescimento nos últimos anos. Em 2008 os empreiteiros e construtoras foram obrigados a buscar mão-de-obra até fora do estado para suprir a demanda, com os maiores índices de atividade desde que começou o acompanhamento em 1991.[133] Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo, entre janeiro e maio de 2010 foi aprovada a construção de 479.454 m², uma metragem 58,48% maior do que a autorizada no mesmo período de 2009.[134] Contudo, o custo da construção na cidade é considerado alto, com os preços sendo empurrados pelos salários dos trabalhadores, que estão entre os mais elevados do país.[133] Realiza-se na cidade a Construfair, a maior feira nacional de materiais de construção.[135] Para a edição de 2010 devem participar 300 expositores, e é esperado um público de 45 mil pessoas.[136] O comércio participa com 20% do PIB municipal, faturando cerca de 2 bilhões de reais por ano.[107] Entre 2007 e 2008 as exportações registraram um crescimento de 22,40% e as importações de 81,64%. Em 2008 as exportações acumularam um crescimento de 32,46%, enquanto as importações registraram aumento de 65,98%. Caxias tem dado significativa contribuição para o crescimento do mercado externo brasileiro, ultrapassando a cifra anual de 1 bilhão de dólares em exportações, gerando saldo comercial superior a 670 milhões de dólares.[113] O sistema financeiro em 2003 era servido por 68 agências bancárias e 34 financeiras, empregando 1.138 pessoas.[137]À parte a tradicional Festa da Uva, que tem fortes raízes folclóricas e atrai um público de cerca de um milhão de pessoas,[330][331] o turismo em Caxias do Sul foi relativamente pouco explorado, mas nos últimos tempos está ocorrendo um crescimento na atenção a este setor. A Secretaria do Turismo lançou em 2010 o projeto Semana Municipal do Turismo, com programações e passeios para o público e debates entre especialistas.[332] Além de roteiros já consolidados, como La Città, Caminhos da Colônia, Estrada do Imigrante e Ana Rech, onde o visitante conhece a história da cidade e dos imigrantes enquanto tem a oportunidade de saborear pratos tradicionais e apreciar paisagens características,[333] em 2008 uma parceria entre a Prefeitura e o Sebrae/RS identificou outras regiões com potencial turístico, entre elas os distritos rurais de Fazenda Souza, Santa Lúcia do Piaí, Vila Cristina, Vila Oliva e Vila Seca, desvendando, segundo Josemari Pavan, possibilidades que nem mesmo a população local conhecia. A partir deste estudo surgiram novas propostas de dinamização do setor. A cidade recebeu em média, entre 2005 e 2008, 350 mil turistas/ano, e as projeções indicam um crescimento de 11% até dezembro de 2011.
Em 2007 havia cerca de vinte hotéis e 30 mil leitos, em estabelecimentos de todas as categorias, desde pousadas e hotéis-parque a casas tradicionais. Nos últimos anos vários hotéis mais antigos, fortemente ligados à história local, fecharam suas portas, como o Alfred Hotel e o Real Hotel, mas entraram no mercado outros de grande porte, como o Blue Tree Towers, o Norton Hotel e o Intercity Hotel, entre outros.[335][336] Outras de suas atrações mais conhecidas são a Igreja de São Pelegrino, com uma grande e importante série de pinturas de Aldo Locatelli e notáveis portas em bronze lavradas por Augusto Murer; a réplica de um trecho do núcleo urbano original, construída no parque de exposições da Festa da Uva, o Monumento Nacional ao Imigrante, obra de Antonio Caringi, o Museu Ambiência Casa de Pedra, a Catedral e o Museu Municipal
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